Escolha uma vida, escolha um emprego
Escolha uma carreira, uma família
Escolha uma televisão de tela grande
Maquina de lavar, carro, CD player, abridor de lata elétrico
Escolha saúde, colesterol baixo seguro dentário
Escolha prestações fixas para pagar.
Escolha uma casa. Ter amigos
Escolha roupas e acessórios
Escolha um terno feito do melhor tecido
E se masturbar domingo de manhã pensando na vida
Sentar no sofá e ficar vendo televisão
Comer um monte de porcarias
E acabar apodrecendo
Escolha uma família e se envergonhar dos filhos egoístas,
Que pôs no mundo para substituí-lo
Escolha um futuro
Escolha uma vida
Por que eu iria querer isso?
Preferia não ter uma vida
Preferia outra coisa
E os motivos. . .
Não há motivos
Pra que motivos sem tem heroína
As pessoas acham que tem a ver com desespero, morte, miséria. . .
O que não se pode negar
Mas eles esquecem que há prazer nisso
Caso contrario não faríamos
Afinal, não somos idiotas, pelo menos nem tanto
Imagine a maior gozada que você já deu
Multiplique por mil e não conseguira comparar
Quando se é viciado só se pensa nisso
E quando não é, é obrigado a pensar em um monte de outras coisas
Se não tem grana, não pode fazer nada
Se tem, bebe demais
Se não tem namorada, não trepa
Se tem, é um pé no saco
Tem de se preocupar com comida, contas
Com seu time que nunca vence
Com relações humanas
Todas essas coisas que não interessam quando se é viciado
O único inconveniente ou, digamos, o maior. . .
É ter que agüentar ouvir:
“nuca vou me envenenar com isso, esse monte de tóxicos”
“é falta de amor a vida se envenenar com essas porcarias”
“desperdiçou todas as chances que teve filho. Fica usando essas porcarias”
De vez em quando ate eu dizia essas coisas
By: Mark Renton
