Quando falo dela
Deixo a palavra fluir entre os dedos
Não existe segredo
Nem medo de errar
Quando falo dela sinto vontade de gritar
Para o mundo inteiro ouvir
A sorte que tenho
De ter-la na minha vida
Quando falo dela não tenho medo de estar sendo precipitado
Ou de estar falando algo errado sem sentido
Quando falo dela
Tudo faz sentido
Quando falo dela meus olhos brilham
Como se refletissem uma estrela
Quando falo dela
Não consigo pensar em outra coisa
Ela faz meu mundo ter mais graça
Faz com que eu não me sinta sozinho
Ela faz eu ser bem mais
Do que eu pensei que poderia
Ela faz eu desejar um novo dia
Ela é insubstituível na minha vida
E por mais indescritível que seja
Não acho que seja um incomodo
Falar do bem que ela me faz
Acho que nunca vou me cansar de dizer
Que a amo
Mesmo que isso pareça ridículo
lamentável
e o destino que compartilhamos
de nunca encontra felicidade que dure
de nunca dar certo
nem mesmo um com o outro

ela me entende
somo iguais
no que existe de pior na gente
infelizmente

orgulho de parecer com o L, orgulho de ser um idiota


"Uma menina, junto com todos os seus colegas do orfanato do Wammy (incluindo Mello e Near, atraz de todos os outros) pergunta para a tela com a letra "L" escrito...

Garota - L, tem alguma coisa que você tem medo?

L - Coisas que me assustam?

Outro garoto - Hnn? O L não tem medo de nada!

L, brincando - Por que eu sou um idiota, não é isso?

(risos de descontração da garotada de frente da tela)

Garota - Eu tambem sou como você, L!

Outro garoto - Idiota, você não parece com ele!

L - Mas tem coisas de que um idiota tem medo.

(Silencio)

L - Um idiota pode ter medo de quando tiram sarro dele... De sua infância... De seus sonhos... Das coisas que ele deseja... E por último... De que mintam para ele. Não é agradavel que mintam para ele. Um idiota sempre está sujeito ao medo, porque é honesto a sí mesmo. (...) Os idiotas são pessoas que escutam seus desejos. Quando tem fome eles comem... Quando querem ler, lêem... Quando choram, buscam consolo... Eu sou um idiota com todos estes desejos e medos. E me sinto orgulhoso de ser um idiota.

lamento

Lamentar
Não podemos
Seria um ato de covardia
Diante das peças que a vida nos prega
Devemos aceitar
Que somos indefesos
Não temos a menor idéia do que virá
Não somos capazes de prever
Por isso a poesia
Nada mais que uma narrativa do lamento
Tão inútil quanto o próprio
Por isso o copo de cachaça
Pra amenizar a dor
E cicatrizar a ferida
O fato é que nós mudamos
E assim
Acabamos mudando todos a nossa volta
Querer não faz parte disso e tolice
E uma ação inevitável

Não vou negar
Queria ser eu mesmo
Queria ser o mesmo
Amigo para todas as horas
Doce e gentil
Mas não sou mais eu
Sou um novo eu
Assim como ela
Também é  lamentavelmente nova

Seguiremos assim
Sem rumo
Sem filosofia própria
Procurando motivos
Pra manter
Antigos sentimentos
Ou talvez procurando motivos mais fortes ainda
Para deixa-los de lado

Obs: se esse post não faz sentido
Leve em consideração, que ele foi movido pelo mesmo combustível do gol do meu pai
Muito álcool 

tão inútil

Inútil é tentar ignorar
Quando tudo me força a olhar
Só o que eu não quero ver
Inútil é tentar não querer
Inútil e me convencer de que eu não posso ter

Esse remédio que envenena meu sangue
Me deixa dormente
Anestesiado confortavelmente
Contente
Sem perceber
O mal que me faz

Inútil e escrever
Palavra por palavra
E depôs apagar
Achando que assim vou apagar também
Você de mim
Inútil é continuar vivendo assim

Inútil acreditar
Que esta tudo em minhas mãos
Inútil e abrir mão
Da felicidade
Por algo que eu não tenho
Nunca tenho

Irreversível decisão
Que mesmo refletida por horas
Se mantêm inevitável

De tudo que eu posso negar
De tudo que eu posso me abster
Você não faz parte
Porque na minha vida
A única coisa inevitável é você