Lamentar
Não podemos
Seria um ato de covardia
Diante das peças que a vida nos prega
Devemos aceitar
Que somos indefesos
Não temos a menor idéia do que virá
Não somos capazes de prever
Por isso a poesia
Nada mais que uma narrativa do lamento
Tão inútil quanto o próprio
Por isso o copo de cachaça
Pra amenizar a dor
E cicatrizar a ferida
O fato é que nós mudamos
E assim
Acabamos mudando todos a nossa volta
Querer não faz parte disso e tolice
E uma ação inevitável
Não vou negar
Queria ser eu mesmo
Queria ser o mesmo
Amigo para todas as horas
Doce e gentil
Mas não sou mais eu
Sou um novo eu
Assim como ela
Também é lamentavelmente nova
Seguiremos assim
Sem rumo
Sem filosofia própria
Procurando motivos
Pra manter
Antigos sentimentos
Ou talvez procurando motivos mais fortes ainda
Para deixa-los de lado
Obs: se esse post não faz sentido
Leve em consideração, que ele foi movido pelo mesmo combustível do gol do meu pai
Muito álcool
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