Queria muito falar do meu anime favorito
Mas infelizmente não posso
Tentar explicar Serial Experiments Lain
É mais difícil que encontrar um sentido pra vida
Alias
Essa é uma das questões abordadas nesse anime de 12 episódios
Que de tão controverso não chegou a ser conhecido por aqui
Tudo começa quando uma amiga de Lain se suicida
E depôs de uma semana vários colegas começam a receber e mails da garota morte
Todos dizendo que ela não esta realmente morta, mas que na verdade continua viva
Dentro da wired (a internet do anime)
Depôs disso começa a acontecer vários casos de suicídios pela cidade todos relacionados a um MMORPG muito popular por la
O enredo e denso e cheio de nós
Daquele tipo de coisa que te deixa mais confuso a cada episodio
E te faz bolar teorias cada vez mais loucas e surpreendentes para explicar fatos que nem o próprio criador do anime não conhece direito
Lain nada mais é que uma vigem de crack de 22 minutos
Abordado de de vida após a morte
Passando por convivo familiar
Sociedades secretas, controle da mente através de computadores, esquizofrenia, amizades, relações familiares
Tudo da forma mais sombria possível
Com um dos finais mais tristes que eu já vi em um anime
Daqueles que te deixa sentado na cadeira por mais meia hora depôs
Só assimilando todas as horas que você viu aquilo tudo achando que era uma coisa
Quando na verdade era outra totalmente diferente
Lain não é anime pra adolescentes fãs de naruto
Mas é um prato cheio pra paranóicos por teorias de conspiração
E depôs que vc terminar de ver
Vai começar a olhar para o seu computador com um pouco mais de medo

Caramba
Falei que não ia conseguir explicar
Mas ate que mandei bem
Eu me subestimo as vezes 


essa e a abertura do anime
uma das poucas originalmente em inglês

a carta (Yu Yu Hakusho)


que quando a tarde a cai
o medo se desfaz
la fora 
a chuva vai molhando o chão 
fazendo a vida recomeçar
assim que o sol voltar
a luz enfim brilhar 
vai ficar pra sempre em nossos corações
nada vai ser como antes...
Eu odeio ter que te dizer
Que te amo
Mais do que a vontade permite
Mais do que é possível amar
Eu odeio dizer que continuarei amando por mais que vc não queira
E diga que não faz sentido
Que não tem motivo
Eu realmente não sei
Ate procurei algum motivo
Mas não encontrei
Simplesmente amo
O porquê eu dispenso
Não preciso dar explicação pra algo que por natureza já é inexplicável
Te amo por que é impossível não amar
Você é como sorvete de chocolate e guitar hero 3
É isso

30 segundos

Quando saiu de casa já era meio dia
Estava atrasado, atravessou o portão da frente correndo
A pressa e a certeza de que seu chefe ia comer seu fígado fez com que ele não percebesse a casaca de banana em que pisou como Felipe Melo pisa na canela de um jogado holandês
O tombo foi eminente, alias, não foi um tombo, foi um salto acrobático que culminou em um hematoma e um terno sujo.
Ele gastou 30 segundos para se levantar da calçada e xingar a casca de banana amarrotada no chão
Seguiu para o trabalho correndo

Ela do outro lado da cidade estava abrindo o armário da sua cozinha
ia fazer um bolo de cenoura.
Mas ao se deparar com apenas meio pacote de trigo com fermento
Decidida a fazer o bolo ainda, pegou uns trocados em cima da mesa e partiu para o super mercado.
Foi caminhando tranquilamente pela rua

Ele já se aproximava do trabalho
E quando foi virar a esquina esbarrou na mulher mais linda que ele já tinha visto
Eles se olharam por um tempo
Ela gostou do jeito desajeitado dele, da forma hesitante de pedir desculpas,e do perfume que ele usava.
Ele por outro lado se apaixonou por aqueles olhos, pela forma que ela tentava esconder o sorriso e ar de quem não tava se importando com nada
E naquele dia ele não foi trabalhar
E ela não fez nenhum bolo
A conversa durou horas
E depôs os encontros
Ele deixou de lado todas as preocupações e medos de fracassar
E ela descobriu que por mais que a vida fosse bela, sempre pode ser mais bela ainda quando se ama
E ficaram juntos
E viveram juntos por muitos anos
Em pensar que talvez não tivessem se conhecido, se não fosse aquela bendita casca de banana

Nunca subestime os próximos ou os ultimos 30 segundos
Não quero mais esses romances heavmetal
Intensos e pesados, rápidos como um tiro
2 tons a sima do limite humano
Estou cansado de levar as batidas do meu coração a escalas astronômicas
E ter de sempre acabar com tudo bruscamente no final
Agora eu quero um amor como uma musica da Dido
Que me faça voar entre as nuvens dos sonhos
Com solos de violinos e arranjos viajantes
Quero ter do que lembrar quando acordar no dia seguinte
Que ter motivos pra dizer pra alguém “eu te amo”


amor maldito amor

Da ferida meio aberta ainda escorre o sangue quente
No rosto ele tem estampado um sorriso de quem não entende o que aconteceu
Talvez por não saber que o erro tenha sido só seu
Acredita que se sente livre
Mas essa liberdade é uma utopia, uma lenda que ele conta pra si mesmo todos os dias
E por mais que ele tente tornar-la real
No fundo o que mais queria era estar prezo
Prezo a ela irreversivelmente, por correntes indestrutíveis, intransponíveis
Ele viveu a procura do mesmo sentimento, e por anos o considerou instinto
Ela por outro lado procurou algo novo, mas que nunca se igualava a tudo que tinham vividos juntos
Por fim foram infelizes para sempre
Cada um no seu mundo vazio e escuro
Lados opostos de uma mesma moeda sem valor algum

pra eles o outro lado

É lamentável
Olhar pra todos os lados e não encontrar nada que seja digno de atenção
E lamentável ver que todo esforço só rendeu espinhos venenosos

A felicidade incomoda como uma farpa no olho
Ninguém é capaz de ser indiferente a ela
Ela é caçada como uma erva daninha que precisa ser erradicada
Ser feliz é proibido em um mundo onde felicidade tem que ser uma utopia
Agradeço a cada um
Pela punhalada certeira na espinha
Pelo troco incoerente aos anos de abdicação e amizade sincera
Pelo voto de confiança negado
E pela inexplicável amnésia diante de tantas contra provas e de tantos fatos atenuantes
Da minha culpa sem o menor sentido

Levo dessa historia a certeza de que estou num buraco infestado de vermes
Alias
Nem posso chamar-los assim
Vermes se limitam a comer o que esta a sua volta
Deterioram a carne
E a torna adubo pra terra

Mas “a galera”
Nem pra isso eles servem
Se proliferam na inveja e nos dissabores
Se deliciam com o infortúnio dos outros
Principalmente daqueles que sempre deram motivos pra que a atitude fosse contraria

Em fim
Daqui não carrego nada
Alem de uma raiva contida
Em respeito a idéia em que eu acreditei por anos
Que mesmo sendo bruscamente contrariada
Ainda parece nobre